O ministro da economia da Nova Zelândia, Grant Robertson, declarou durante a reunião de primavera do Banco Mundial que o país mede o sucesso de seus investimentos pelo bem-estar humano que eles geram e não pelo PIB. Segundo ele, outras nações deveriam fazer o mesmo.
A medida lembra uma estratégia aplicada no Butão que ficou conhecida por medir os índices de felicidade da população. No caso do ministro neo-zelandês, ele defende que o bem-estar possa ser também uma maneira de promover o crescimento econômico a longo prazo. Para isso, seriam necessários investimentos em saúde, educação e lazer.
De acordo com sua fala, citada pelo Global Citizen, Robertson lembra que não sabemos ainda quais serão os trabalhos necessários no futuro. Apesar disso, o conhecimento adquirido atualmente será fundamental para o sucesso. “Essas coisas essenciais como ser capaz de colaborar, ter empatia, compreender as pessoas, ser criativo e resolver problemas complexos … [Precisamos] orientar os sistemas educacionais em torno disso”, disse.
Ainda de acordo com o ministro, a própria população teria sido o motor para a mudança de perspectiva. Isso acontece porque, embora o PIB do país continuasse crescendo, isso não se refletia no bem-estar de seus moradores.
Agora, essas necessidades básicas são levadas em conta para o planejamento orçamentário. Os investimentos em bem-estar devem tratar de questões como violência doméstica, diminuição da pobreza infantil e melhoria da saúde mental da população, visto que o país possui uma das maiores taxas de suicídio do mundo.